O mineirinho vai ao circo no interior, a platéia está lotada. Ele só consegue um lugarzinho na última fila da arquibancada. Se senta e dá uma ajeitadinha no saco bem no meio de duas tábuas vergadas.
Alguns minutos depois, um leão escapa da jaula. O público se levanta e ameaça debandar. O mineirinho grita gemendo de dor:
— Senta, que o leão é manso!
Ser mineiro é falar uai, é achar tudo bão demais da conta, é comer um trem, tirar um trem do olho, é ter um trem no coração. Ser mineiro é ser desconfiado, levantar cedim e fazer tudo quetim.
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
A lenda da Serra do Caraça
A lenda é tão antiga que envolve os índios que habitavam a região durante o período do ciclo do ouro. O conto envolve a morte de um cacique e sua mulher doente, que acabou levando seus filhos a uma jornada atrás da cura para sua mãe.
O que os jovens índios procuravam? Além de muito curioso, podemos dizer que é algo bastante cômico. Eles deveriam trazer água de uma fonte mágica para sua mãe beber, mas, antes, tinham que encontrar um pássaro-azul que emitia sons enigmáticos. Além disso, deveriam ouvir melodias de uma árvore — tudo isso indicava se estavam no caminho certo.
O que tem de assustador nisso? A saga dos dois irmãos! Porque o caminho que levava à fonte não era simples, tampouco seguro. Ali habitavam monstros e feiticeiras que tinham o poder de encantar as pessoas — e não é pela sua beleza. Então um dos irmãos sofreu um encantamento e se transformou em uma grande montanha, que hoje é conhecida como Serra da Piedade.
Pensa que a lenda acaba por aqui? Que nada! O outro irmão conseguiu pegar a água da fonte com ajuda de um pajé, e levar para sua mãe beber e se curar, mas, no caminho, avistou um monstro adormecido. Chegando mais perto, o jovem índio decidiu derramar uma gota da água naquele monstro.
Curiosamente, o nome do monstro era Caraça e a magia o transformou em rocha, dando origem a tão conhecida Serra. Como se não bastasse, sua mãe curada decidiu morar próximo à montanha — agora seu filho, acompanhada de suas anciãs, dando origem ao nome do memorável rio das velhas.
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
Lenda da Mulher de Duas Cores
Aparição constante nas estradas mineiras ou dentro das matas, como nas cidades do Circuito do Ouro, esta lenda fala de uma jovem que havia traído seu avô fazendeiro ao engravidar de um negro.
Contam que o fazendeiro encomendou trabalhos de uma bruxa para que a criança não nascesse viva. Porém, a mulher acabou dando a luz a uma criança com duas cores, com manchas brancas e escuras. Foi acolhida no quilombo, mas logo tentou voltar para a cidade, onde acabou sendo discriminada.
Quando decidiu retornar ao quilombo já era tarde. Não encontrou mais ninguém em razão do fim da escravidão. Ao tentar localizar o seu povo mata adentro, acabou morrendo ao ser atingida por um tiro.
Diz a lenda que ela continua vagando a passos rápidos e largos, nas pontas dos pés, sem se dar conta de que já morrera. Para pavor dos viajantes!
Fonte:https://circuitodoouro.tur.br/blog/2016/10/24/7-lendas-mineiras-curiosas/
Lenda da Porteira do Óleo
Foi no município de Carrancas que esta lenda ganhou força ao longo dos últimos séculos. Se a pessoa tiver coragem de passar na frente da porteira situada na região leste da cidade após a meia-noite vozes com lamentos de escravos serão ouvidas.
Conta a lenda que foi em uma determinada árvore que ocorreram muitas cenas de chibatadas contra os escravos. Os antigos batem os pés juntos ao dizerem que luzes aparecem e também fazem a porteira se debater sozinha. Seria o choro do sofrimento repassando de geração em geração.
Fonte: https://circuitodoouro.tur.br/blog/2016/10/24/7-lendas-mineiras-curiosas/
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